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ETCPI- ESCOLA DE TEOLOGIA CRISTÃ PASTOR ISMAEL

 

A IMPORTÂNCIA DE ESTUDAR TEOLOGIA  

 

É inadmissível que haja pessoas que sustentem que o estudo da Teologia não tem importância alguma. Esta é uma visão retrograda que desconsidera que estamos vivendo num mundo de mudanças e crescimento na área humana. E que para tanto, é preciso que se tenha uma visão relativista de tudo o que nos cerca e que fazemos parte dessa época.É diferente daqueles dias antes do Renascimento, onde perdurava a ignorância, não no sentido pejorativo, mas no que concerne a falta do conhecimento. E é justamente nesta visão que conscientizamos alguns obreiros, ou qualquer pessoa que queiram adquirir conhecimento. Isto é, tanto na área bíblica e teológica como secular.Quem estuda teologia além de obter conhecimento aprofundado das “Doutrinas Sistemáticas”, tem também ou obtém uma visão maior no campo teológico, ou seja, adquire conhecimento Geográfico, Sociológico, Cultura, Filosófico e Bíblica Geral.

O PRECONCEITO DE ALGUNS CRISTÃOS SOBRE A TEOLOGIA

O problema ainda é visto no meio evangélico com certo preconceito. Estudar Teologia para alguns cristãos é correr risco. Há quem afirme que o obreiro ou quem estuda teologia pode se tornar um cristão frio, formalista ou que pode até se desviar da fé. Ora, os textos que citamos neste comunicado são críveis do ponto de vista bíblico e espiritual, e negar a educação é uma estupidez. Infelizmente há muitos cristãos que estão mais propícios ao fanatismo porque não estudam do que quem procura adquirir conhecimento. O mais espiritual não é prova de que a “ignorância” foi ou será o correto, ou melhor, que o ignorante tem que permanecer na ignorância porque isso expressa ser espiritual. Precisamos saber que o conhecimento sem o espiritual pode levar alguns ao formalismo, e o espiritual sem o conhecimento também pode levá-lo ao fanatismo religioso. Portanto, tudo tem que ter ponderação, e isso aprendemos estudando e adquirindo o conhecimento, pois é como disse Jesus: “E conhecereis a Verdade, e a Verdade vos Libertará” – Jo 8.32. Não podemos admitir que no pleno século XXI, ainda há cristãos, obreiros e pastores que não têm a visão do reino de Deus. Estão enclausurados em seus templos conformados com a rotina de cultos mal administrados, ou seja, sem uma linha lógica da liturgia. E passam os anos e nada muda, pois o povo está estagnado e acostumado com as mesmices, destarte sem perspectiva de crescimento por parte, e quando não a decadência espiritual.

ESTUDAR TEOLOGIA É SABER AS COISAS DE DEUS

Estudar teologia é se aprofundar e adquirir o conhecimento para um crescimento na Palavra de Deus. Por mais que haja intenções que visem a adequação sistemática, ou que cooperem para o bom andamento da Igreja com sua administração, mesmo assim, não podemos nos eximir de que se deve por regra adquirir o conhecimento bíblico-teológico. Todavia, as inverdades perduram na mente e coração de quem não olha sem perspectiva futurística. Mas quando diferente disso, as coisas andarão de acordo a vontade de Deus. Aprendemos a vontade de Deus através da sua Palavra. Deus revelou sua vontade na sua Palavra, a Bíblia Sagrada. Vamos analisar alguns pontos, pense você em alguém abrindo a Bíblia num culto onde exista uma multidão. E naquela ocasião o ministrante é um “leigo” na concepção da palavra. E pega um texto obscuro, ou seja, de difícil compreensão ou sem fazer uma exegese do texto. Aplica-o de forma contundente sem olhar o texto e nem o contexto, e todos os pormenores teológicos, e na ocasião você como participante do culto e conhecendo aquela passagem bíblica fica concomitantemente estarrecido. E daí, você sabe que a pregação ou ensino está fora da verdadeira exegese, podemos aceitar como uma verdade revelada de Deus? Bem, se a sua resposta é sim, talvez diga lhe que infelizmente essa é a situação de muitos dentro de suas respectivas igrejas, onde se mutila a Bíblia de forma absurda e a expõem de forma mentirosa aos ouvidos de pessoas que precisam ouvir Deus falar. Finalizo dizendo que há muita gente se dizendo pregadores e mestres, ou seja, são pessoas que nunca se sentaram para aprender. Pois, ler livros e sair por ai pregando as idéias alheias é falta de maturidade cristã, quero ver é quem de anos vem labutando e adquirindo conhecimento e tem Deus como seu ajudador. Digo que, um pregador não se faz da noite para o dia, e sim, nos bancos de Igrejas onde se ensinam a Palavra de Deus, e nos bancos de seminários, e por fim, começando pela Escola Bíblica Dominical.

O CONSELHO DE PAULO AO JOVEM OBREIRO TIMÓTEO:

Tu, porém, permanece naquilo que aprendeste, e de que foste inteirado, sabendo de quem tens “Aprendido”. E que desde a tua meninice sabes as sagradas letras, que podem fazer-te sábio para a salvação, pela fé que há em Cristo Jesus. II Tim 3.14 e 15-16. Timóteo era filho de Paulo na fé, porém, filho de pai grego, sua mãe Eunice, e sua avó Loíde, ambas criaram Timóteo ensinando-o as verdades de Deus. Então, fica claro porque Paulo lembra-lhe de tudo o que o Jovem Obreiro precisava por em prática, ou seja, o conhecimento que adquiriu na sua infância e adolescência… E por fim, diz o Senhor Deus: Os entendidos, pois, resplandecerão, como o resplendor do firmamento; e os que a muitos ensinam a Justiça refulgirão como as estrelas sempre e eternamente. Dan 12.3.

ETCPI- ESCOLA DE TEOLOGIA CRISTÃ PASTOR ISMAEL

 

A IMPORTÂNCIA DA TEOLOGIA BÍBLICA

 

Quando alguém ouve falar de Teologia Bíblica nem sempre fica claro a que exatamente essa expressão se refere. Alguns entendem que a expressão diz respeito à teologia de acordo com a Bíblia, em oposição a uma teologia herética. Outros imaginam que a referência é a uma teologia que está baseada nas Escrituras. Nenhuma dessas sugestões é correta.

A Teologia Bíblica define-se basicamente a partir de sua distinção em relação à Teologia Sistemática e à História das Religiões. A proposta fundamental da Teologia Bíblica é construir uma teologia a partir das Escrituras, de modo indutivo, sem depender das categorias definidas pela Sistemática ou pela Dogmática.

Teologia Bíblica parte unicamente das Escrituras e procura prescindir da filosofia e da teologia sistemática, organizando os dados bíblicos a partir da lógica interna do pensamento bíblico. É essencialmente descritiva, mas pode também tornar-se normativa quando pergunta qual o valor do texto bíblico para o intérprete de hoje.

Um exemplo prático da diferença de abordagem entre as duas pode ser percebido no campo da escatologia. Enquanto a teologia bíblica discute as tensões bíblicas entre o “já” e o “ainda não” do Reino de Deus (escatologia realizada e escatologia futura), a teologia sistemática evangélica volta-se para divisões como pré-milenismo, pós-milenismo, amilenismo, pré-tribulacionismo, etc.

Resumo Histórico As raízes da teologia bíblica estão na Reforma Protestante. O ponto de partida protestante Sola Scriptura lançou a semente para uma teologia exegética, buscando livrar-se da Dogmática Eclesiástica.

Os comentários de Calvino são os primeiros exemplos de uma exegese bíblica histórico-gramatical, que estabelecia os primórdios da futura teologia bíblica. Todavia, a maioria dos estudiosos define o início do moderno estudo da teologia bíblica, ou mais especificamente, da teologia bíblica do Antigo Testamento, a partir da palestra inaugural do professor Johann Philipp Gabler na Universidade de Altdorf em 1787.

Antes de Gabler não havia uma distinção entre teologia dogmática e teologia bíblica. Não havia separação entre teologia do Novo Testamento e teologia do Antigo Testamento.

Gabler defendia essas distinções. Mesmo que nunca tenha escrito uma teologia do Antigo Testamento, foi o professor Gabler quem estabeleceu os princípios básicos e o método pelos quais seria possível escrever uma teologia bíblica do Antigo Testamento.

A base do estudioso alemão era racionalista, e foi sobre tais fundamentos é que surgem os primórdios da teologia bíblica. Apesar dessa influência filosófica da época, muito clara em estudiosos como G. L. Bauer, de Wette e F. C. Baur, alguns estudiosos adotaram uma linha mais evangélica e menos racionalista. Entre eles devem ser mencionados E. W. Hengstenberg, F. Delitzsch e G. F. Oehler.

Entre 1880 e 1930 a incipiente teologia bíblica perdeu espaço para os estudos da história da religião. As novas tendências filosóficas, aliadas à curiosidade européia para com os costumes e idéias religiosas de outros povos fomentou uma interpretação da fé bíblica dentro de um contexto religioso universal.

A fé de Israel e do cristianismo deveriam ser vistas sob parâmetros evolucionários e à luz da comparação com as outras religiões conhecidas. Somente depois da década de 30 do século XX foi que ressurgiu o interesse pela teologia bíblica.

Tal efervescência perdura até os anos 70. Muitos nomes de peso surgem tanto no campo do Antigo como do Novo Testamento. Nomes como O. Eissfeldt, W. Eichrodt, G. von Rad, B. Childs, C. Westermann, W. C. Kaiser, S. Terrien, W. Brueggmann, R. Bultmann, H. Conzelmann, E. Käsemann, H. J. Kraus, K. H. Schelkle, J. Jeremias, G. E. Ladd e D. Guthrie tornaram-se marcas na teologia bíblica principalmente durantes as décadas de 30 a 70. Além disso, muito da teologia contemporânea interagiu bastante com o pensamento bíblico e estabeleceu modelos sistemáticos de teologia menos presos a categorias filosóficas clássicas. Aqui merecem destaque especial os nomes de K. Barth, W. Pannenberg e Oscar Cullmann.

Nas últimas décadas a teologia bíblica continua viva, mas tem enfrentado dificuldades e alguns até crêem que esteja em grande crise. Para entendermos melhor seus caminhos, é preciso destacar suas principais tarefas. A Tarefa da Teologia Bíblica Conforme já foi sugerido, a tarefa da teologia bíblica é construir uma teologia a partir do texto bíblico, edificando uma espécie de “macro-exegese”, procurando metodologicamente isentar-se de leituras confessionais e filosóficas a priori. Todavia, uma teologia bíblica séria deverá enfrentar algumas questões importantes das quais não poderá omitir-se:

  1. Teologia descritiva ou normativa. Qual é o papel de uma teologia bíblica? Procurar detectar os conceitos teológicos dos autores bíblicos, ou deve ela também definir normas ético-religiosas a partir da experiência histórica e teológica da comunidade da fé. Será que um aspecto exclui o outro? É possível manter a tensão entre as duas ênfases?
  2. 2. A Relação entre os testamentos. Pode existir uma teologia do AT, independente do Novo Testamento? Será que a teologia do AT é uma disciplina exclusivamente cristã? Existirá uma teologia do AT judaica? Que tipo de relação existe entre os dois testamentos? Continuidade ou Descontinuidade? Como trabalhar a unidade da mensagem bíblica, sem desvalorizar o AT e sem uma “cristianização” exagerada do mesmo? Todas essas perguntas são inescapáveis e merecem atenção do teólogo bíblico.
  3. 3. Abordagem diacrônica ou sincrônica. Muitas teologias bíblicas e sistemáticas parecem considerar o texto bíblico homogêneo e uniforme. Será que é possível fazer teologia bíblica sem considerar a história e algum tipo de desenvolvimento teológico nas Escrituras. É verdade que o histori-cismo do século XIX e sua postura evolutiva trouxe uma espécie de trauma para muitos estudiosos da Bíblia. No entanto, ainda que seja árdua lidar com o papel da história na teologia, cremos ser impossível fazer uma boa teologia, sem considerá-la adequadamente, conforme bem observou Oscar Cullmann.
  4. 4. Relação com a autoridade da Bíblia. Por mais isenta que seja uma teologia bíblica, ela não poderá deixar de trabalhar com pressupostos. Um dos mais relevantes é exatamente o ponto de partida para com a própria Bíblia. Devemos praticar uma hermenêutica de suspeita para com o texto? Ou devemos interpretar o texto sagrado de maneira afirmativa, numa relação de empatia para com o mesmo. Quando um outro referencial externo explícito comanda a hermenêutica das Escrituras dificilmente poderá construir-se uma teologia bíblica que faça justiça ao texto.
  5. 5. Unidade e diversidade. Será que possível achar um centro de organização para uma teologia da Bíblia, ou do AT e do NT. Será que o conceito de aliança, de promessa ou de ação divina na história são adequados para organizar o material bíblico. Seria tal abordagem forçada, pelo fato de existirem vários centros de organização do texto? Essa é uma questão difícil que não pode ser esquecida.

Além disso, a diversidade presente nas Escrituras levanta outra questão:

Existe uma teologia bíblica (ou do AT/NT) ou existem várias teologias?

É bem conhecido o fato de que os teólogos liberais levaram a diversidade teológica bíblica às últimas conseqüências. Por outro lado, fundamentalistas têm tentado ver unidade a partir de lentes mais sistemáticas e filosóficas do que bíblicas.

Como deve ser trabalhada essa relação?

Aí está um grande dilema ainda aberto para a discussão dos estudiosos.

Teologia canônica ou não canônica. Por mais simples que possa parecer essa questão, ela merece muita atenção. Já que temos acesso a material religioso da fé de Israel e da igreja primitiva, devemos perguntar se uma teologia bíblica deve fazer referência a esse material. Por outro lado, já que se trata de uma teologia construída dentro da comunidade da fé, a igreja, deve-se perguntar se os parâmetros da dogmática cristã e esse fator devem restringir a teologia a uma abordagem canônica.

Relação com a sistemática.

Uma vez construída uma teologia bíblica chegará ela a algum lugar sem uma relação com a sistemática?

É possível construir uma teologia bíblica sem cair na fragmentação muitas vezes acéfala?

Que tipo de relação deve se manter entre as duas abordagens?

Doutrinas cardeais e essencias da fé como a Trindade teriam relevância significativa numa teologia bíblica?

Com certeza o diálogo é fundamental e necessário, para que as duas abordagens se completem.

 

 

POSSO TODAS AS COISAS NAQUELE QUE ME FORTALECE. … SERÁ?

 

Não é difícil andar pelo trânsito das grandes cidades brasileiras e ver diversos adesivos no vidro dos veículos de evangélicos com o slogan tirado de Filipenses 4.13.

A pergunta surge espontaneamente:

Por que tanta gente divulga tal mensagem bíblica?

Qual é o seu significado?

Por que tornou-se tão popular?

Infelizmente, este é um dos versículos mais malcompreendidos das Escrituras nos dias de hoje. Por incrível que pareça, neste artigo veremos que o texto paulino é entendido exatamente no sentido contrário ao pretendido pelo autor.

A grande maioria dos testemunhos e mensagens que citam o referido no texto nos meios de comunicação atuais estão atrelados à teologia popular triunfalista de nossos dias.

Portanto, acredita-se que “posso todas as coisas naquele que me fortalece” significa “vencerei todos os obstáculos que estão à minha frente” ou “posso alcançar tudo o que quiser”, ou ainda, “comigo ninguém pode”.

Muitos pensam que podem comprar aquilo que não têm como pagar, outros acham que podem fazer aquilo para o qual não têm dom ou preparo, sem falar em absurdos ainda maiores sugeridos (posso dever, deixar a queda do meu inimigo, etc) por quem nem faz idéia do que Deus quer nos ensinar neste versículo. Todo leitor da Bíblia tem a responsabilidade de buscar o sentido correto do texto sagrado. Não há dúvida de que este sentido é aquele que o autor original quis transmitir quando escreveu o texto.

A idéia de que se pode “descobrir” algo especial, “escondido” no texto é falsa e deve ser abandonada.

O que Paulo tinha em mente quando registrou tais palavras?

Qual foi sua intenção, ao escrever para os irmãos filipenses?

A leitura das palavras gregas do texto não trazem tanta luz à interpretação neste caso específico. A tradução quase que literal da maioria das versões em português expressa com suficiência o conteúdo do verso em grego. Vale mencionar que “fortalece” vem de dynamis que significa poder, força, o que intensifica o fortalecimento dado por Cristo no versículo.

Antes de tudo, é necessário observar que Filipenses é uma das epístolas da prisão. Juntamente com Efésios, Colossenses e Filemom, trata-se de uma carta escrita quando Paulo estava preso por causa do Evangelho. Os textos de 1.7, 13, 14 e 17 deixam muito claro o contexto de encarceramento do apóstolo. Todavia, não se sabe com certeza onde Paulo está.

Tradicionalmente, os intérpretes clássicos sugeriam que Paulo está preso em Roma, por volta de 60-61, principalmente por causa de 1.13 que cita “a guarda do palácio”, isto é o Pretório. Tal percepção colocaria a carta no mesmo contexto das demais “cartas da prisão”. Outros intérpretes sugeriram que Paulo poderia estar preso em Éfeso (1Coríntios 15.32); outros entendem que a prisão em Cesaréia (57-59) seria o cenário ideal para a elaboração da epístola. Independemente das minúcias cronológicas, o importante é que Paulo está “em cadeias”. Surpreendemente, Filipenses é uma das epístolas mais pacíficas do Novo Testamento.

Paulo quase não apresenta nenhuma censura à igreja nova da Macedônia. Além disso, um dos temas de encorajamento que marca a epístola é “alegria”. O verbo “alegrar-se” (chairo) aparece em 1.18, 2.17, 18, 28, 3.1, 4.4 e 4.10; “regozijar” (synkairo) está em 2.17 e 18. O imperativo plural é contundente, aparecendo em 2.18 e 4.4, o famoso texto que diz (NVI) “Alegrem-se no Senhor.

Novamente direi: Alegrem-se!” É impressionante ver um preso exortando os demais à alegria. É neste contexto de alegria, particularmente por uma oferta dos filipenses em favor de Paulo, que o texto de 4.13 está inserido. A perícope no versículo dez e tem como desfecho o verso treze. Não será tão difícil entender o versículo final se prestarmos atenção ao texto imediatamente anterior.

Os versículos 11 e 12 dizem: “Sei o que é passar necessidade e sei o que é ter fartura. Aprendi o segredo de viver contente com toda e qualquer situação, seja bem alimentado, seja com fome, tendo muito, ou passando necessidade (NVI). Depois de afirmar isso, Paulo diz que “tudo pode em Cristo”.

Afinal, o que Paulo pode (no sentido de ser capaz de suportar)?

É muito simples:

Pode passar necessidade, pode passar fome, pode ser preso. Isto quer dizer que Paulo pode enfrentar qualquer situação difícil, pois Cristo lhe dá força suficiente para suportar as agruras do seu ministério. Todavia, deve ficar claro que Paulo também diz que pode estar bem alimentado, pode ter muito e pode ter fartura. No entanto, “pode” aqui não significa “tenho capacidade para conseguir”, muito menos quer dizer “tenho direito a isso”. Ao contrário, “poder” aqui significa que a fartura também não permite que Paulo sirva menos a Deus.

A essência de tudo é “aprendi o segredo de viver contente com toda e qualquer situação”. Se tenho fartura, louvado seja Deus. Que ela não me impeça de servir ao Senhor. Se enfrento problemas, louvado seja Deus. Que eles não me desanimem no ministério cristão. É muito importante ler a Palavra de Deus e entendê-la corretamente.

Até o histórico personagem da literatura brasileira, o Padre Vieira, mesmo sem ser evangélico disse com muita razão, ao mencionar a citação que o Diabo faz do Salmo 91 no episódio da tentação de Jesus (Mateus 4): “As palavra de Deus, ditas no sentido em que Deus não as disse, são palavras do Diabo”.